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Formigamento, dormência... A chegada da dor neuropática, por Vera Puggina


Amigos queridos, hoje um novo artigo que elaborei, baseado numa informação do GAAD em 20/01/2010 e, que me chamou a atenção por já estar incluída no números de pessoas que convivem com mais essa complicação. Colocando-se sempre à disposição.

Abraços e beijos no coração de todos.
Vera Puggina

Sintomas como formigamento, dormência ou mesmo uma sensação estranha nos pés ao caminhar podem parecer apenas falhas momentâneas na circulação do sangue. Mesmo assim, as pessoas, principalmente aquelas que têm diabetes, devem dar mais importância a tais sinais, que podem indicar a chegada da dor neuropática periférica diabética (GAAD | 20/01/2010).

E assim realmente acontece. É um fato consumado, aconteceu comigo. Quando eu tinha uns vinte e quatro anos de diabetes, como explica acima, pensei que o formigamento fosse causado pela má circulação que, desde criança, sofria com as frieiras nas mãos e pés. Mas, logo após, começou a insensibilidade, uma espécie de fraqueza nas pernas e pés; notei que não conseguia mais correr como antes e que meus pés não acompanhavam a pressa que, na época, necessitava para trabalhar. Ignorando do que se tratava, cheguei a comentar com o médico que me tratava e ele disse que eu tinha que me convencer ser mais uma complicação do diabetes. Sem recomendação de buscar a opinião de um neurologista, começaram as dores cruéis nas pernas e pés, a todas essas, já insensíveis. E uma dor de queimadura que nenhum comprimido analgésico é capaz de resolver. E a dificuldade para caminhar aumentava cada vez mais.

Após uns quatro anos, notei estar com um certo inchume no pé esquerdo mas, como estava ainda trabalhando e, em véspera de férias, tinha de adiantar o serviço. Após entrar em férias, no segundo dia, amanheci com o pé muito inchado. Mas sem a dor, era difícil detectar de onde provinha aquele inchume. Recorri a uma endocrinologista que nunca consultara; detectou um calo no dedo mínimo. Encaminhou-me para uma dermatologista; esta, após examinar, optou por aplicar um acido próprio para calos, receitando também um antibiótico porque já estava infeccionado. Passados um mês mais ou menos, meu pé continuava inchado, a infecção persistia e ela trocou o antibiótico. Até que, ao acordar uma manhã, o pé inteiro, até o tornozelo, estava esverdeado. E este dia era um domingo. Liguei para a dermatologista que me atendeu em sua casa. Ficou um tanto brava, achando que não estava tomando o antibiótico e receitou um mais forte.

Como em todos os momentos de minha vida acredito ser iluminada pela forte luz do Espírito Santo, naquele também fui: decidi procurar um outro endocrinologista para saber sua opinião e que houvesse um melhor encaminhamento. Atendeu-me à noite e ao constatar o caso, ligou para o hospital, falou com um cirurgião e para lá me encaminhou. A essas alturas já estava conformada de que iria perder o dedo mínimo. Mas Deus é Pai e me colocou nas mãos de um medico competitíssimo, meu querido amigo Dr. Bachilli. Homem de uma calma e tranqüilidade infinita; conversando comigo foi ceifando de meu dedo toda a parte necrosada. Sangrava muito e eu não me animei a olhar. Quando terminou ousei perguntar se ele havia extirpado o dedinho. Ele riu e respondeu: não, Verinha, se tivesse feito isto te falaria em seguida. Teu dedinho continua no lugar, fica tranquila.

Dali pra frente já ocorreram outras tantas ulceras, muitas das quais tratadas pelo Dr. Bachilli.
Daquele episódio em diante, uma de minhas preocupações são os meus pesinhos de CRISTAL, como os denomino. Todos os dias examino ou peço para minha secretaria-enfermeira olhar bem, ver se não existe nenhuma fissura no meio dos dedos, se as cicatrizes das ulceras estão bem e, além disto, visito com freqüência meu angiologista que procede a limpeza naquelas cicatrizes, tendo em vista formarem no local uma espessa calosidade.

E todo este cuidado deve-se ao fato de eu não sentir meus pés e é isto que aconselho a todos os diabéticos que se queixam de dores e dormenças periféricas: buscarem de imediato a opinião de seu médico e, conforme for o caso, a orientação de um neurologista porque existem medicamentos anticonvulsivos ou antidepressivos que são também indicados para dores neuropáticas. Muito já li sobre a eficácia da acupuntura para tais dores. Ainda não experimentei.
Portanto, amigos queridos, cuidem bem sua glicemia, seu organismo num geral, para evitar o máximo possível essas complicações.

Comentários

  1. estou sentindo este tipo de dormencia ou fomigamento nao sei ao certo tenho 21 anos estava achando que era por causa da subtramina mais parei de tomar e continua nao e tao frequente e por incrivel que pareça nao tenho diabetes mais minha vo tem e minha bisavo tem nao sei o que fazer acho que pode ser extresse o que vc me diz

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  2. alguem ja tem algum resultado, falar da doença ja ta muito normal precisamos da cura, estou sendo cobaia de alguns testes e depois poderemos falar dos resultados, que DEUS tenha misericordia de nós. 021-91487408 francisco

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  3. é super importante consultar o medico certo,eu tinha os sintomas e estavam tratando como problema de varizes ate que verifiquei que provavelmente é neuropatia.Para tratar é um problema serio!

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  4. Eu tenho 28 anos e venho sentindo já alguns meses dentro de 4 meses dormencia seguida de dores e formigamentos nas minhas duas pernas, oa dormências geralmente é rapida porem depois segue de uma dor e formigamentos muito dolorosos, e quando vou tomar banho as pernas formingam tbem..já não sei a quem procurar ou o que fazer pois elas doem todos os dias e as vezes as dorem e dormencias ficam o dia todo, notei que apareceu uns vazios avermelhados, será que devo me preocupar??o que devo fazer para amenizar as dores ou qual especialidade que poderia me ajudar nesse caso...porque já não aguento mais, tem dias que pernas doem demais....
    janaina.

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  5. Descobri a diabetes à alguns meses, estou cpm dormências nos pés e pernas estou tomando e controlando a glicemia mas continua forte.devo procurar um especialista?

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    Respostas
    1. Tive esses problemas e o que resolveu não foi a medicação
      .. Foi voltar a andar de bicicleta
      Aconselho a todos continuar com a orientação médica e pesar 1 hr 3 vezes na no mínimo.

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